Um evento que há mais de 07 anos vem trazendo poesia e arte cênica para Brasília é o Noite de Poesia, que acontece a cada 2 meses e reúne dezenas de artistas, escritores e apreciadores da arte brasileira.
Segundo sua organizadora, Adriane Aguiar, a missão do evento é divulgar a literatura e as apresentações declamadas de poesias a todo o Distrito Federal. Este evento, segundo ela, lembra muito os encontros comuns que aconteciam no século XIX, em que as pessoas festejavam, dançava, tocavam, declamava e representavam textos em homenagem à própria arte. Era assim que as equipes teatrais contavam a história do mundo, do amor e do ódio.
Assistir uma apresentação do Noite de Poesia é voltar no tempo e, muito mais, se projetar no futuro. É entender os movimentos cênicos das letras e palavras. “É voltar a ser a criança que sempre fomos”, diz sua organizadora.
Noite de Poesia. Evento regular que acontece no Distrito Federal e pode ser apreciado através do portal www.cantodoescritor.com.br.

A alegria de fazer mágica

Houdini foi um grande ilusionista no século XX. Usava grilhões, algemas e correntes de ferro nos pés, cordas, cabo de aço, camisas de força, jaulas e sarcófagos. Sempre conseguiu se livrar desses objetos que o prendia. Desafiava as pessoas, oferecia centenas de dólares caso não conseguisse se soltar; nunca chegou a pagar, não precisou. O fascínio pela mágica encanta as pessoas até hoje. A maioria das pessoas começa a fazer mágica, por brincadeira e algumas delas levam o passatempo a sério.
José Garcia Sousa Rocha, o Mágico Garcia, começou desse jeito. Ele é bancário e diretor de cultura do Teatro dos Bancários. Costumava observar seu pai, que também gostava de fazer mágica, assistia na TV como era feita e depois começou a inventar. Foi atrás de cursos e oficinas e adquiriu técnica. Mais de vinte anos, fazendo mágica em Brasília, Garcia se apresenta em colégios, shoppings e aniversários infantis.
O Mágico Garcia acredita que hoje em dia todas as pessoas podem aprender alguma mágica. “Na Internet é possível a pessoa aprender uma mágica ou outra”, afirma o artista. O mágico também pode cometer erros e nesse momento tem que saber contornar a situação. “Você pode errar, fingir que foi de propósito e ir pra outra coisa”, explicou o mágico. O profissional tem que saber lidar com situações inusitadas. “Sempre tem aqueles ‘estraga prazer’, mas você tem que mostrar profissionalismo e tirar isso de letra”.
Em outros países, como os Estados Unidos, a mágica tem mais presença. “Em outros países, a mágica é apresentada em cassinos e também em festas de debutantes”, explica Garcia. Uma das grandes influências do mágico Garcia foi David Copperfield. “Eu acho legal o jeito que ele apresenta seu show. É um modo feliz, divertido”, argumenta o mágico. O Teatro dos Bancários é o local onde a Associação de Mágicos de Brasília se encontra. Os membros se reúnem ali toda terça-feira, e Pedro França é o diretor do grupo.
A Associação não possui muitos integrantes fixos. “Muitas pessoas aparecem, depois ficam tempo sem ir. Mas isso vai melhorar”, explica Garcia. A profissão de mágico não é regulamentada. Porém, há pessoas que fazem mágica por diversão. “Eu gosto de fazer mágica, porque eu alegro as pessoas. Isso é muito importante”, desabafa o Mágico.